A jovem montadense, Evily Bernardino Wong, de 16 anos, conquistou a
medalha de Ouro no Campeonato Brasileiro de Werstling – sub 17, em Aracaju-SE,
a competição ocorreu no mês de maio desse ano. Com esse título, ela pontua e
chega a ser a 3ª colocada no ranking nacional, em sua categoria.
Ela conta que sua rotina de treinos foi intensa e difícil e por treinar em
outro município, diferente de onde reside, a luta é dobrada, como ela pontua.
Ela começou os treinos em outubro de 2021 e nesse tempo já conquistou várias
medalhas, como exemplo: em 2023 conquistou o 1º lugar no Campeonato Brasileiro
Interclubes sub17 de Werstling; além de participar dos JEBS-Sub18, onde ficou com
a medalha de prata, em sua categoria e também participou do Campeonato
Interclubes U17- 20245, em Serra – ES.
Evily diz que: “o sentimento de ser campeã é inexplicável, não consigo expressar. Por que a gente busca tanto, quer tanto que quando consegue parece ser algo inacreditável. É um sentimento de felicidade e gratidão, tenho uma rede de apoio muito boa, dos meus tios, senseis e Deus. Sem ele nada é possível”. Ela ainda relatou que teve medo e pensou em desistir, pois machucou o joelho, durante a competição, e que ela lembrou de uma crônica: mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado, e que teve forças pra lutar no 3 dia de competição.
Mesmo assim, ela saiu de Aracaju com o título de Campeã Brasileira. Ela finaliza pontuando que quer chegar longe, que tem muitos planos pra sua vida e viver do esporte é um deles.
CONHEÇA MAIS SOBRE A LUTA OLÍMPICA E OS JOGOS
OLÍMPICOS
A Luta é ao lado da maratona um dos esportes mais antigos de
que se tem registro. Embora não haja confirmação de uma data precisa,
acredita-se que a Luta começou a ser praticada no período Micênico da Grécia
Antiga. Os atletas lutavam nus, onde seus músculos delineados representavam o
equilíbrio entre corpo e mente. Registros e imagens datados do ano de 2000 a.C.
foram encontradas com movimentos similares aos utilizados nos dias de hoje. A
expansão territorial dos romanos é apontada com um dos fatores de
propagação da luta. Literaturas antigas de povos árabes e orientais possuem
registros de práticas similares ao esporte. Já no século XVIII, atribui-se as
tropas de Napoleão Bonaparte novas regras e até mesmo a criação do nome
greco-romano para o esporte. Nas tropas do comandante francês era obrigatório o
aprendizado da luta.
Era Antiga
A Luta estreou nos Jogos Olímpicos da era antiga no ano de 704
a.C. Segundo escritos e esculturas da época os atletas lutavam nus e com
mistura de azeite de oliva e terra no corpo. O objetivo era derrubar o
adversário três vezes. Era considerado queda quando o oponente tocava as
costas, o ombro ou o tórax no solo. Não havia limite de tempo. Ainda era feita
uma divisão de faixa etária, entre rapazes e adultos. O esporte permaneceu nos
Jogos Olímpicos até o fim dos Jogos Olímpicos da antiguidade. Com o domínio do
Impero Romano sobre os gregos e o posteriormente o fim dos Jogos Olímpicos, a
luta permaneceu na cultura romana e atravessou os séculos.Fator que explica a
adoção do termo greco-romano a um dos estilos da luta olímpica. Os Jogos
Olímpicos da Antiguidade foram extintos por ordem do Imperador Teodósio em 393
d.C., no entanto, em virtude da extensão do Império Romano, dividido entre ocidente
e oriente, a disseminação da luta estava mais do que garantida.
Era Moderna
Em 1896, o Barão de Coubertin inaugurou os Jogos Olímpicos da
era moderna. A Luta Olímpica foi apontada como um dos elos entre passado e o
presente. A edição seguinte marcou a única ausência da modalidade no cronograma
olímpico. Em 1904, nos Jogos de Saint Louis, o estilo livre foi disputado pela
primeira vez, apenas por atletas americanos. Pela primeira vez os atletas foram
distribuídos em categorias de peso. Na Edição de 1908, os dois estilos passaram
a ser disputados e continuam até os dias de hoje.
As divisões de categoria de peso foram alteradas conforme o
tempo. Na edição dos Jogos Olímpicos de Munique de 1972 ficou estabelecido o
número de 10 categorias para cada estilo. Em Sydney 2000, o número caiu para 8
categorias de peso por estilo. Os Jogos Olímpicos de Atenas promoveram a
entrada nas mulheres no esporte. Elas contavam com apenas 4 categorias
olímpicas, enquanto os estilos masculinos tinham sete cada. Nos Jogos Olímpicos
Rio 2016 pela primeira vez na história as categorias serão equiparadas.
Estilo livre masculino, estilo greco-romano e Luta feminina terão seis
categorias cada. No total serão 72 medalhas distribuídas.
Em 2013, a Luta Olímpica foi indicada pela Comissão Executiva
do Comitê Olímpico Internacional para deixar de figurar entres os esportes
olímpicos a partir de 2020. A Federação Internacional de Lutas Associadas
transformou a apreensão da exclusão em um marco na história do esporte. A Luta
Olímpica mostrou ao mundo que além da tradição secular é um esporte global
disputado e apreciado em todos os continentes do planeta. O resultado não
poderia ter sido outro. Na votação realizada em Buenos Aires, o esporte teve o
dobro de votos em relação aos esportes postulantes ao cronograma.
A Luta Olímpica é um dos poucos esportes popular nos quatro
cantos do planeta. No continente americano Cuba e Estados Unidos são
considerados potências. Na Europa, Rússia e os países ex-integrantes da União
Soviética estão sempre nas primeiras colocações. Já no Oriente Médio e
África,Irã e Egito, respectivamente já conseguiram medalhas
olímpicas. Na Ásia, China, Coreia do Sul e Mongólia aparecem com destaque. Nos
Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, 17 diferentes países obtiveram medalhas.
Com Assessoria de
Comunicação